Os Resultados Previsíveis
Adicione o texto do seu título aqui
Resultados Previsíveis
Ninguém em sã consciência negará que nós vivemos em uma sociedade que foi dominada pela visão de mundo embalado pelo feminismo.
Toda sociedade possui seu sistema de crenças, valores, princípios e não se tem conhecimento de nenhum povo que não julgue imperioso construir uma acervo de normas morais, éticas e legais que expressam o senso comum que une e caracteriza aqueles indivíduos.
No ocidente, o espírito moral que permitiu a existência do mundo como conhecemos deriva de uma mescla entre a cultura grega, romana e cristã, sendo esta última a que mais o influenciou.
O estilo de sociedade grega, a organização jurídica romana e a religião cristã, foram os ingredientes marcantes para que o ocidente caminhasse para um estilo de sociedade pautado na dignidade da pessoa humana, na igualdade de direitos e, principalmente, para o império da liberdade, com pilar central no direito de expressar tudo o que se pensa sobre qualquer assunto, sem isentar quem usufrui do direito de dizer as responsabilidades daí advindas.
Para Deus, homens e mulheres são semelhantes, como se lê em Gênesis 2.18
“O Senhor Deus disse ainda: – Não é bom que o homem esteja só; farei para ele uma auxiliadora que seja semelhante a ele”.
Na voz de Jesus e seus apóstolos, homens e mulheres são iguais, de mesma essência e importância, porém com papeis na família e sociedade diferentes. O texto em Gálatas 3:28, dá o pano de fundo para este equilíbrio:
“Já não há judeu nem grego, não há também escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus.”
Nunca existiu em toda a história, uma religião tão feroz na defesa da mulher quanto o cristianismo. Para os desavisados, esta carta foi escrita pelo Apóstolo Paulo aos crentes da Galácia, por volta do ano 50 depois de Cristo, auge do Império Romano. Lá as mulheres eram consideradas inferiores ao homem e estas palavras eram uma expressão duríssima de confronto ao sistema feito por uma religião ainda muito pequena, que não aceitava a condição de inferioridade a que as mulheres estavam submetidas.
Todos os excessos dominadores praticados por homens ao longo da história, provocados pela evidente disparidade física entre homem e mulher, seria facilmente sanado pela conversão dos homens ao cristianismo.
“Maridos, amem suas esposas, assim como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,(…) Assim devem os maridos amar a sua própria esposa como ao seu próprio corpo. Quem ama a sua esposa ama-se a si mesmo.” (Efésios 5.25, 28)
O amor devia ser manifestado através de demonstrações visíveis, por isso lemos:
”Igualmente vós, maridos, coabitai com elas de acordo com o conhecimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil; como sendo co-herdeiras da graça da vida; para que as vossas orações não sejam impedidas.” (1 Pedro 3.7)
Cristianismo, Sim! Feminismo, Não!
Olhando o mundo em nossos dias, percebo nitidamente o quanto perdemos por termos aceitado as ideologias progressistas que surgiram na onda anticristã nascida a partir do século XIV. O Renascimento cuidou de tirar protagonismo de Deus para pôr o homem em seu lugar. Depois, o Iluminismo cuidou de substituir o valor vital da fé em Deus para colocar a ciência como substitutivo.
As derivações desta reviravolta para dentro do próprio homem potencializou o egoísmo que devia ser combatido e gerou novas fontes de pensamento que rivalizaram com o status quo.
Para mim, tudo não passa de um plano bem orquestrado, paciente e progressivo que prometia uma lente para corrigir a visão embaçada e distorcida que o cristianismo criou, mas entregou um espelho que o impedia de olhar outra coisa senão a si mesmo.
O movimento feminista é uma ótima maneira de entender como esse processo ocorreu. Hoje, mais de dois séculos depois do primeiro documento emancipatório escrito por Mary Wollstonecraft, chamado A Reivindicação dos Direitos Da Mulher, podemos perceber o que toda a “boa intenção” feminista para defender a mulher, a chafurdou em um emaranhado de crises e fragilidades, além de ter servido de base ao movimento que hoje quer a sua total destruição: a ideologia de gênero.
Resultados Inevitáveis
Os resultados da ausência dos princípios cristãos têm afundado o ocidente em um mar revolto e imprevisível de incertezas, autoflagelo e autofagia. O feminismo evoluiu tanto que involuiu para uma conclusão:
“A matriz cultural por meio da qual a identidade de gênero se torna inteligível exige que certos tipos de ‘identidade’ não possam ‘existir’ – isto é, aqueles em que o gênero não decorre do sexo e aqueles em que as práticas do desejo não ‘decorrem’ nem do ‘sexo’ nem do ‘gênero’”.
(Judith Butler)
Neste estágio de degradação, torna-se inconcebível a ideia de, simplesmente, “ser mulher”.
Pela ótica espiritual, sabemos que o inimigo “se levanta contra tudo que se chama Deus ou se adora” (2 Tessalonicenses 3.4) e que é de sua natureza caída intentar o mal.
Pela ótica sociológica, entendo que tudo que a moral cristã trouxe de benefício para a sociedade foi cooptada por outros atores, ao passo que tudo que a sociedade produziu de mau, mesmo que em flagrante desacordo com o ensino cristão, recaiu sobre o cristianismo.
Se o cristianismo objetivou gerar maridos corteses, gentis e dispostos a se sacrificar por suas esposas porém, por falta de cristianismo, os homens se tornaram dominadores, agressivos e violentos, a mácula do comportamento anti-cristão do homem foi lançada sobre o cristianismo que nunca o pretendeu. É risível se não fosse trágico. Esse “erro” não foi acidental, não aconteceu de forma espontânea ou orgânica, mas foi planejado, armado e estrategicamente engendrado.
O feminismo começou requerendo o acesso das mulheres aos centro acadêmicos para torná-las melhores esposas, melhores mães e melhores cidadãs. Depois, as sufragistas queriam o direito ao voto, propriedade e herança.
Influências do Feminismo
Por volta de 1960, inspirados por ideólogos da Escola de Frankfurt, o comunista Antônio Gramsci e autoras feministas como Simone de Beauvoir, as mulheres foram arrebatadas pela ânsia de igualdade que se traduzia em praticar sexo livremente como os homens praticavam. Neste ponto da história, o nível de degradação moral das mulheres rebaixou-se aos seu nível mais vis.
Ao invés das mulheres lutarem para que os homens se tornassem castos como era exigido delas, lutaram para se tornarem exatamente aquilo que todo homem vagabundo queria. A liberação do eros, o sexo como a mais sublime e perfeita manifestação da liberdade, o amor como prazer e a promiscuidade como padrão a ser seguido, temperaram os relacionamento que passaram a surgir.
Neste ponto, cabe uma nova reflexão sobre a força que a ideologia feminista fez para substituir o cristianismo, sem, contudo, apresentar melhor proposta.
A grande objeção feminista consistia em reclamar a condição de submissão a que a mulher estava exposta. Elas diziam que o homem poderia viver livremente, fazer o que queria, se relacionar com quem quisesse, quantas vezes fosse interessante sem que isso pesasse sobre sua reputação. Sobre elas, “pesava” a castidade como condicional para a contração de um “bom” casamento.
A castidade feminina era um favor ao homem ou à própria mulher? Relacionar-se sexualmente com muitos parceiros ajuda em quê na formação do caráter e desenvolvimento das habilidades da mulher? Quem elevou o sexo ao patamar de indicador de liberdade, chegando ao disparate de se dizer que só é livre quem pratica sexo com quem quiser? Não sei quanto a você, mas a quebra do paradigma da castidade somente favoreceu àqueles contra quem o movimento feminista pretendeu se rebelar: o próprio homem, uma vez que, agora, a oferta de sexo era muito maior!
Aprofundando ainda mais a nossa tese, veremos que havia um outro caminho muito melhor e mais saudável, porém, cristão demais para eles.
A castidade é um ensino cristão! Segundo a Bíblia, tanto o homem quanto a mulher devem casar sem que tenham se relacionado sexualmente com qualquer outro parceiro. Para Deus, o sexo é um laço tão forte e com efeitos tão profundos que somente deve ser praticado após o casamento. O sexo é o ápice da intimidade entre duas pessoas e nunca deveria ser praticado para a obtenção de prazer ou satisfação de desejos sem o compromisso matrimonial.
Se a sociedade da época entendia que a mulher deveria ser casta e para o homem isto não fazia diferença, mais uma vez, faltou cristianismo e não feminismo.
O cristianismo ensinava ao homem que ele também deveria se guardar para a sua amada, casar com ela e ser fiel até a morte. Já o feminismo, levava a mulher a se tornar tão vil quanto o homem não cristão. Para saber quem venceu essa guerra de valores, basta observar os rumos que nossa sociedade tomou.
A revolução sexual resolveu, para não dizer o contrário, a problemática da cobrança desigual entre homens e mulheres tornando a mulher tão promíscua quanto o homem, contudo, precisaria resolver a questão biológica da maternidade.
Para isso, passou a “vender” a ideia de que o privilégio da maternidade dada à mulher era, na verdade, uma opressão biológica. Preservativos, métodos anticoncepcionais e aborto surgiram como “solução” para a mulher voltar para casa sem consequências depois de uma noite de orgias, sexo livre e descomprometido.
A Profetiza do Feminismo
Simone de Beauvoir, patrona do feminismo e da revolução sexual, dizia: “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. Com poucas palavras ela conseguiu a façanha de desdizer o óbvio: que somos o que nascemos! Para ela, a sexualidade surge a partir de uma construção social e não por imposição biológica. Ela também reforçou a crença idiota de que somos o que queremos ser, que o que somos hoje pode não ser mais amanhã. Com tudo isso, só fez perverter identidades, confundir mentes frágeis, diluir propósitos existenciais e prepar o caminho para a próxima leva de feministas que diriam que as mulheres podem ser o que quiserem, menos mulher.
“Com efeito, a insistência prematura num sujeito estável do feminismo, compreendido com uma categoria una das mulheres, gera inevitavelmente, múltiplas recusas a aceitar essa categoria. Esses domínios de exclusão revelam as consequências coercitivas e reguladoras dessa construção, mesmo quando a construção é elaborada com propósitos emancipatórios.”
(Judith Butler)
Precisamos lançar luz sobre todo este imbróglio que nasceu nas trevas para mentes em crise e cheias de dúvidas. Esmiuçar estas ideologias entendendo a maneira como ocuparam as mentes e corações das pessoas é imperioso.
O adversário trabalha às escuras, preferindo parecer que não existe para avançar sorrateiramente.
Para ele, o ideal é fazer com que qualquer denunciante deste esquema perverso, que se traduz em um guerra cultural entre a moral cristã e as ideologias progressistas, em um louco que acredita em teorias conspiratórias, malucas e fictícias, promovendo o avanço de suas fileiras de soldados invisíveis às nossas resistências.
Eles preferem avançar suas trincheiras na escuridão, enquanto dormimos, enquanto frequentamos nossas igrejas, enquanto nos entretemos com besteiras, enquanto debatemos com irmãos sobre questões periféricas.
Nestes escritos vamos denunciar o feminismo, sua história, suas estratégias, seus avanços, suas meias-verdade, quem querem realmente proteger e, principalmente, seus únicos alvos: o cristianismo
3 comentários
Interessantíssimo.
Amém!
QUe holística cirurgica…